terça-feira, 20 de outubro de 2009

Capitulo II

Comecei um novo capitulo do livro 'Vida'.
Decidi que nesse capitulo nao havera margens. Nao permitirei bordas que me impecam de seguir em qualquer das direcoes que eu escolher. Estou escrevendo-o com toda a liberdade que me e' disponibilizada. Quero escrever livremente o que me vier a cabeca. Quero ter a liberdade de usar a borracha quantas vezes achar necessario. E quando e se, me deparar com uma palavra que nao possa ser apagada, aprenderei que nao devo utiliza-la novamente, a menos que me sinta segura para completa-la com outra palavra e dessa forma nao precisar apaga-la. Se por um acaso sentir que a caneta esta perdendo a tinta, renovo a carga e termino o paragrafo.
Quero para esse novo capitulo, somente felicidades. Nem uma so palavra de tristeza.
Nem uma so mencao a sofrimento.
E quero muitas lagrimas. Lagrimas de alegria! Lagrimas de satisfacao, de realizacao, de admiracao,de surpresa, de compreesao, e de saudade...Quero muitas lagrimas de saudade! Quero isso porque descobri que a saudade nos move. E o melhor, nos move sempre pra vida. Quando sentida plena e honestamente, sem mascaras ou pudor.
Nesse novo capitulo quero muitas linhas. Linhas interminaveis que me deem suporte para infinitas palavras. Nao havera fim de pagina, pois nao havera pausa. Quero escrever esse capitulo com folego maximo todo o tempo. E quero paragrafos de tirar o folego. Sem brechas para suspiros.
Nao gosto dos suspiros. Acho que sao traicoeiros. Chegam simpaticos e amistosos durante a contemplacao, mas nao veem somente para nos fazer respirar. Veem para nos dar uma pausa para pensar. Para pensar com a razao. E nesse novo capitulo eu nao quero razao. Nao como personagem principal.
Definitivamente nao. A razao tera um papel coadjuvante. Participara como cenario. E dessa vez o cenario nao sera como aqueles cenarios deslumbrantes que roubam a cena. Sera somente para mostrar que existe. Que estara ali caso seja requisitado. Nao preciso de um cenario deslumbrante, pois quero muitos personagens.
Quero todos os tipos de personagens. E quero personagens novos, assim como velhos.
Quero personagens que me contem historias ineditas, assim como quero ouvir as velhas historias.
Quero personagens que me surpreendam com atitudes ineditas, assim como quero as velhas atitudes.
Quero personagens que me alegrem com piadas ineditas, assim como quero todas as boas e velhas piadas.
Quero personagens que me deem satisfacoes ineditas, assim como quero as velhas e companheiras satisfacoes.
Quero personagens que me realizem ineditamente, assim como quero as velhas realizacoes.
Quero personagens que me despertem admiracao por razoes ineditas, assim como quero as velhas razoes para admirar.
Quero personagens que me compreendam com explicacoes ineditas, assim como quero as velhas e seguras compreencoes.
Quero personagens que me arranquem lagrimas por motivos ineditos, mas nao quero derramar uma so' lagrima por qualquer um dos velhos motivos pelos quais ja derramei.
Quero adaptar as velhas falas e atitudes dos antigos personagens a esse novo capitulo. Quero que eles participem com um novo script. Porem quero o consentimento deles para mudar o script. Pois quero cenas repletas de boas energias. Quero cenas harmoniosas entre os antigos e os novos personagens. Quero apresentar os antigos aos novos e virse-versa. Quero que os novos personagens aprendam com os velhos o que eles tiverem de melhor pra ensinar. Assim como quero os velhos personagens aprendendo com os novos.
E por mais que seja dificil abandonar os velhos costumes. Os velhos habitos. As velhas falas. As velhas opinioes. As velhas certezas. Os velhos apegos. Sera necessario para a harmonia da cena.
Farei tudo o que for possivel, e tentarei o impossivel se necessario, para ajudar os personagens com a harmonia dacena. Mas eles precisarao se esforcar, precisarao se despir de seu figurino de costume, para vestirem o novo. Precisarao desvendar e compreender o novo figurino por eles mesmos. Cada personagem em seu proprio tempo. E eu os darei tempo. Todo o tempo que precisarem. Nao so' tempo como todo e qualquer suporte que estiver ao meu alcance.
Mas nao interromperei o andamento do capitulo. Continuarei escrevendo enquanto cada um busca a compreensao do seu novo figurino. Nao interromperei porque esse capitulo, e' um capitulo da vida.
E a vida nao para.
A vida nao espera a gente compreender as mudancas para seguir com a proxima, ela simplesmente muda.
E cabe a nos dar o nosso melhor para acompanhar.
E e' somente isso que eu espero dos personagens. Espero que eles deem o seu melhor para acompanhar. E sei que eles o farao.
Sei que por mais que a 'historia' mude seu curso, os personagens darao o seu melhor para acompanha-la.
Simplesmente porque a amam.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ser ou não ser ??? Ser sempreeee !!!!





"Idiotice é vital para a felicidade.
Deixe a pungência para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota. (...)
Teste a teoria. Uma semaninha, pra começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que são: passageiras.
A briga, a dívida, a dor, a raiva, tudinho vai passar, então pra que tanta gravidade? Já fez tudo o que podia para resolver o problema?!
Parou, chorou, pediu arrego?!!
Ótimo, hora da idiotice: entre na Internet, jogue pebolim, coma um churrasco grego.

Eu fico chateada por não ser tão idiota quanto gostaria; tenho uma mania horrível de,
sem querer, recair na seriedade.
Então o mundo fica cinza e cada lágrima ganha o peso de uma bigorna.
Nessas horas não preciso de cenhos franzidos de preocupação.
Nessas horas tudo de que preciso é uma bela, grande e impagável idiotice !!!!

Como sair pra jogar paintball - ou, melhor ainda, me olhar fixamente no espelho até notar como fico feia com os olhos vermelhos e o nariz escorrendo.
Como fico ridícula quando esqueço que tudo passa.
"





Trecho do livro "Só os idiotas são felizes" - Ailin Aleixo

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pra você com carinho...



"... Eu, há algum tempo, estou descobrindo a minha irmã. Estamos nos descobrindo, estamos nos descobrindo com o coração. Nessa descoberta, às vezes ainda tateamos as palavras, palavras que nunca deixam de estar carregadas de ternura. Eu vibro com ela. Ela vibra comigo. Assim estamos seguindo. Assim seguiremos. De mãos dadas.
Eu amo a minha irmã. (...) "



Um Presente



Imagine que você tenha uma conta corrente e que a cada manhã você acorde com um saldo
de

R$86.400,00.
Só que não é permitido transferir o saldo do dia para o dia seguinte e todas as noites seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia.
O QUE VOCÊ FARIA ???

Você iria gastar cada centavo, é claro!!!
Todos nós somos clientes deste banco que estamos falando.
Se chama TEMPO.
Todas as manhãs, é creditado para cada um 86.400 segundos.
Todas as noites o saldo é debitado como perda.
Não é permitido acumular esse valor para o dia seguinte.
Todas as manhãs a sua conta é reinicializada, e todas as noites as sobras do dia se evaporam.
Não há volta.
Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário.
Invista então, no que for melhor, na saúde, na felicidade, e sucesso!
O relógio está correndo.
Faça o melhor para o seu dia a dia.
Para você perceber o valor de um ano, pergunte a um estudante que repetiu de ano.
Para você saber o valor de um mês, pergunte a uma mãe que teve seu bebê prematuramente.
Para você perceber o valor de uma hora, pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar.
Para você perceber o valor de um minuto, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
Para você perceber o valor de um milésimo de segundo, pergunte a alguém que venceu a medalha de prata de uma olimpíada.
Valorize cada momento que você tem!
E valorize mais porque você deve dividir com alguém especial, especial o suficiente para gastar o seu tempo junto de você.
Lembre-se o tempo não espera por ninguém.
Ontem é passado.
Amanhã é um mistério.
O hoje é uma dádiva.
Por isso é chamado de PRESENTE!




Autor Desconhecido

Simplesmente...



"Um homem precisa viajar.
Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés,
para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto.
Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser;
que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver".


Amyr Klink


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Minha Metade

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço,
e que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada,
porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável,
que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso,
que eu me lembro ter dado na infância,
porque metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.

(...)

E que minha loucura seja perdoada,
porque metade de mim é amor,
e a outra metade também.


Adaptado da composição de Oswaldo Montenegro - Metade

Ode à Leucone

Ode I-XI "Carpe Diem"

Quintus Horatius Flaccus (65-8 AC, poeta)

Não procures, Leuconoe, - ímpio será sabê-lo -
que fim a nós os dois os deuses destinaram;
não consultes sequer os números babilónicos:
Melhor é aceitar! E venha o que vier!
Quer Júpiter te dê ainda muitos Invernos,
quer seja o derradeiro este que ora desfaz
nos rochedos hostis ondas do mar Tirreno,
vive com sensatez destilando o teu vinho
e, como a vida é breve, encurta a longa esp'rança.
De inveja o tempo voa enquanto nós falamos:
trata pois de colher o dia, o dia de hoje,
que nunca o de amanhã merece confiança.